Tenho a tarde livre. Mando-te mensagem para um café… Senti que ficaste admirado mas aceitaste. Dizes-me que tens umas coisas para acabar e depois vens ter comigo. Escolho então o local.
Passadas umas horas recebo mensagem tua… Dizes-me que estas a sair, o meu coração acelera… Dirijo-me então ao local combinado, trânsito e mais trânsito, penso que vou chegar atrasado… Mas também estavas atrasado…
Estaciono. O meu coração acelera mais um bocadinho. Vou então em direcção ao paredão num passo apressado, ansioso por te conhecer… Ligas-me a perguntar onde estou. “ Estou-te a ver!” foi a minha resposta… Cumprimentamo-nos num apertar de mão forte… Tenho o corpo a tremer… Mas finjo que é do frio…
Na esplanada, pedimos um café para aquecer… Conversamos, de forma tímida, sem olhar muito bem um para o outro…
Vamos embora? Não? Então é melhor irmos jantar…
Antes damos um passeio pelas ruas… Sinto-me bem ao teu lado!!!!
Digo para escolheres o jantar, cataplana de rodovalho acompanhado por muralhas… Cruzamos as pernas debaixo da mesa… Sinto um arrepio… No final mais um café e uma cigarrilha a acompanhar…
Na rua, aquela aragem de uma noite de Dezembro soube bem e eu timidamente dou-te a mão…
Alinhas então num passeio pela praia… Fugimos assim à confusão e as luzes…
De repente nossos corpos ficam mais juntos e beijamo-nos… O primeiro beijo… O primeiro abraço…
As pegadas marcadas na areia… Beijamo-nos outra vez… outra e mais outra…
Numa noite fria de Dezembro, na praia que, ainda não podíamos saber, se havia de tornar na “nossa” praia.
PS: Outra versão da mesmas história aqui...